Em três dias (4 a 6 de dezembro) o Festival Multicultural D’escambô impactou quase 170 mil pessoas. Ao todo, 78 artistas levaram diversas manifestações culturais ao público, de graça e pela internet. A audiência, além de alcançar pessoas de Mogi das Cruzes, Suzano e outras cidades do Alto Tietê, atingiu gente da Irlanda, Estados Unidos, França, Itália e outros países. E a programação ainda não acabou.
Financiado pelo Programa de Fomento à Arte e Cultura de Mogi das Cruzes (Profac), além de continuar disponível ao público tanto no site como nas redes sociais do projeto, o D’escambô ainda promete “surpreender” com revistas digitais.
“Ainda este ano estarão disponíveis para download gratuito duas revistas digitais chamadas ‘Morupi’, dedicadas às mulheres da cena teatral de todo o mundo, organizadas pela atriz e brincante Daniele Santana”, promete um dos organizadores da ação, Math’eus Borges.
Além disso, será disponibilizado o e-book ‘O D’escambô’, obra criada “a partir do universo multicultural do festival”, que traz “diversas contribuições de artistas e agitadores culturais”.
Nas páginas será possível conferir ensaios fotográficos de Bruna Thereza, Beatriz Ataídio e Ana Paula Lustosa; artigos do autor Thiago Mine, do brincante Mateus Farias e da ativista chilena Verónica Gálvez Collado; poemas de Miró da Muribeca, Daniel Marques, Jô Freitas, Manoel Mesquita Jr., Poeta Seu Zé e Marcos Lemes; ilustrações de Lucas Bandeira e Narany Mireya; e “uma sessão especial dedicada aos QR Codes, onde é possível interagir com conteúdos extra”.
Vale lembrar que é possível assistir a todos os espetáculos, ciclos de conversa e performances protagonizadas por diferentes provocadores culturais, intelectuais, técnicos e fazedores de arte e cultura da região, do Brasil e até do Chile pelo canal oficial do festival no Youtube.
Plataforma de escambo
No site do projeto foi – e ainda é -possível conhecer pessoas interessadas na prática da cultura de escambo e em permutas. Entre as muitas propostas oferecidas na plataforma que o festival lançou estão aulas de musicas e língua estrangeira, técnicas de artesanato e troca de livros.
“Ficamos muito felizes com a aceitação do público quanto à proposta de escambo na prática. Muita gente acha que esta prática é impossível ou inviável, mas não é. Sempre tem alguém do outro lado que também está disposto. Para a edição do ano que vem, a ideia é avançar para uma app onde seja possível encontrar pessoas no mapa, ou seja, expandir a interação”, conta K.ique Calisto, outro coordenador da agenda.
2021
É isso mesmo. O D’escambô Festival Multicultural cativou tanto o público que os idealizadores já anunciam uma próxima edição, prevista para 2021. A ideia é criar uma tradição e realizar a agenda mais uma vez em dezembro.
Para tanto, a ideia é lançar, já no início do ano, uma campanha de financiamento coletivo e também buscar apoio junto a outras iniciativas públicas e privadas. “A organização segue independente, e gostaríamos de manter esse contato direto com o público, podendo interagir e construir de maneira colaborativa a segunda edição, uma boa oportunidade de estreitar os laços entre diversas redes criativas no Brasil e no mundo, como já pode ser visto este ano”, revelam Math’eus e K.ique.
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