Vencedor do Pulitzer, autor lança romance emocionante, em que entrelaça com um livro a vida de personagens em três tempos distintos Anna é uma costureira de 13 anos, órfã, que mora em Constantinopla no século XV. Enquanto as antigas muralhas da cidade são bombardeadas pelos turcos otomanos, ela lê para a irmã adoentada a história de Éton, um pastor da Grécia Antiga que desejava ser transformado em pássaro e poder voar até um paraíso no céu. Cinco séculos mais tarde, o ex-prisioneiro de guerra Zeno prepara, com cinco crianças, uma adaptação teatral desse mesmo texto, em uma biblioteca escolar de uma cidadezinha em Idaho, nos Estados Unidos. Sozinha em uma câmara, dentro da espaçonave Argos, Konstance escreve em restos de pano uma história contada por seu pai: a de Éton.
Em Cidade nas nuvens, Anthony Doerr cria uma narrativa coesa e poderosa, que explora o impacto de uma história atemporal na busca de cinco personagens por liberdade, em três tempos distintos. Primeiro romance escrito pelo autor após o best-seller Toda luz que não podemos ver — vencedor do Pulitzer e lançado no Brasil em 2015 pela Intrínseca — foi finalista do National Book Award, recebeu críticas entusiasmadas de veículos como The Guardian, The New York Times e The Washington Post, e também figurou na lista dos livros preferidos do ex-presidente Barack Obama de 2021.
Em uma das muitas passagens memoráveis do romance, o professor Licínio afirma para a jovem Anna: “Mas os livros, como as pessoas, morrem. Morrem em incêndios ou inundações ou pela boca dos vermes ou por caprichos de tiranos.” Isso, sem dúvida, é pura verdade. Mas Cidade nas nuvens mostra que suas mensagens também podem atravessar gerações e impactar vidas para sempre, graças, entre outras coisas, ao trabalho de anônimos que desempenham um papel fundamental ao transmitir textos antigos, preservando suas histórias. Dedicado “aos bibliotecários, ontem, hoje e nos anos por vir”, a obra fala de sobrevivência — dos livros, da Terra e do coração humano — e do triunfo da imaginação e da compaixão. “Se você estava em busca de um livro magnífico, não precisa mais procurar.” The Washington Post |
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