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Editora Civilização Promove Relançamento de "A vida do espírito" de Hannah Arendt

 




Último livro de Arendt complementa a reflexão sobre a existência humana e levanta argumentos para responder questões sobre sua origem, dimensão temporal e o que nos faz pensar.

Além de novo projeto de capa arrojado e moderno, esta edição de A vida do espírito conta também com prefácio da pesquisadora Adriana Novaes e posfácio da amiga e inventariante de Arendt, Mary McMarthy.  A vida do espírito, último trabalho de Hannah Arendt, interrompido com sua morte, em 1975, apresenta um exame das atividades espirituais do pensar, do querer e do julgar, que se organiza em três volumes, reunidos neste único livro. A obra ocupa-se do indivíduo, ao considerar os aspectos da sua existência menos condicionados por sua presença do mundo. Assim, cada uma dessas três atividades depende de uma espécie de retirada espiritual do contato direto com as coisas do mundo, o que constitui a condição para que se possa refletir e discorrer sobre elas.

Desse modo, o volume sobre o pensar recorre a um extenso material para responder a questões sobre a posição dessa atividade diante do mundo das aparências, sobre a sua origem (o que nos faz pensar?) e sobre a dimensão temporal em que se move o sujeito pensante. O volume dedicado ao querer revê a pré-história da noção de vontade na filosofia antiga, examina a descoberta dessa faculdade no período cristão e a posição central ocupada por ela na filosofia moderna, sublinhando o questionamento dessa centralidade na filosofia contemporânea. A essa altura, chama a atenção para que a necessidade de se definir uma noção de liberdade que abrigue um significado político. O volume sobre ojulgar não pôde ser realizado. Mary McCarthy, amiga e inventariante de Arendt, então, decidiu suprir essa lacuna com a inclusão de excertos de cursos da autora sobre a filosofia de Kant, na qual ela esperava encontrar as fontes para o exame da faculdade de julgar.

Mesmo tendo sido escrito para um público de estudantes de filosofia,A vida do espírito foi redigido no estilo sempre vivo e muito fluente característico de Arendt, o que faz com que desperte a atenção de um público muito mais amplo, interessado nos debates intelectuais mais relevantes da contemporaneidade. A excelente tradução, feita há mais de uma década por um grupo de estudiosos, foi revista nesta edição.

 

“Uma das mentes mais brilhantes do século XX.” — The Boston Globe

“Este livro pode parecer assustador, mas não se deixe enganar, trata-se de uma obra majestosa de profunda humildade e seriedade, e de imaginação radiante.” — Kirkus Review

“O mais fascinante […] e mais instigante livro que Hannah Arendt escreveu” — The New York Times Book Review

Editora: Civilização Brasileira

Título original: Life of the mind

Tradutor: Abranches, Antônio

Páginas: 644

Preço: R$ 94,90

 eBOOK

Preço: R$ 66,90

Da mesma autora:


Sobre a violência é um dos títulos mais importantes da vasta obra da pensadora alemã de origem judaica Hannah Arendt. Escrito entre 1968 e 1969, este ensaio se mostra uma análise ainda relevante para compreender os fenômenos políticos e sociais atuais, como a guerra declarada entre a Rússia e a Ucrânia. Esta edição conta com novo projeto de capa e prefácio inédito de Celso Lafer.

Como um reflexo do desejo de compreender um momento político extremado, o ensaio foi escrito quando a autora já estava exilada nos Estados Unidos. O Ocidente, especialmente a Europa, procurava reerguer-se da recém-finda Segunda Guerra, mas a tônica mundial ainda era de conflito com as guerras pela independência nos países africanos, a emergência de ditaduras na América do Sul, a guerra do Vietnã e a ameaça atômica. O movimento estudantil havia apresentado, em maio de 1968, em Paris, protestos que marcaram o sentimento de uma geração. O grito de “não violência” perdia espaço diante do debate sobre o papel dos meios violentos de resistência às opressões.

O caldo político e filosófico era complexo, repleto de personagens, desejos e propostas de ação. Já não bastavam análises maniqueístas e, justamente, a partir dos problemas concretos é que Arendt se propôs a avaliar a questão da violência. Se a tradição não conseguia mais explicar os fatos, esses acontecimentos passaram a ser abordados a partir do seu imediatismo perante a história da humanidade. As rupturas do século XX são, portanto, temas recorrentes para a pensadora. Ali, o futuro reflete um passado violento que encontrou na revolução tecnológica (lembremos da bomba atômica) um modo de realizar-se politicamente.

Conhecimento e saber podem ser caminhos para uma não glorificação da violência. Para compreender esse fenômeno é preciso tratar da criação e da manutenção da violência – e aí está a originalidade de sua abordagem. Na contramão da tradição do pensamento, Arendt diferencia poder e violência, argumentando que o primeiro – sendo inerente a qualquer grupo político – é uma faculdade comunitária, exercida no conjunto. Assim, a segunda só pode se mostrar como uma força oposta e contrária a esse vigor – a violência destrói o poder, não o cria.

A escalada de formas de agir brutais e destrutivas no século XX é comentada de modo preciso. A partir da modernização da indústria, da massificação dos desejos, da burocratização da vida e do esfacelamento do senso comunitário, Arendt monta um complexo quebra-cabeça político e social.

Sobre a violência é um livro primoroso de Hannah Arendt, que aborda grandes questões da existência humana: a convivência, o poder, a brutalidade, o medo e a vitalidade.

 

“Incisivo, escrito com clareza e elegância, este livro fornece a estrutura ideal para compreender a turbulência do nosso tempo.” — The Nation

 
Sobre a violência

Arendt, Hannah

Editora: Civilização Brasileira

Título original: Onviolence

Tradutor: Duarte, André

Páginas: 154

Preço: R$ 59,90


SOBRE A AUTORA


Hannah Arendt (1906 - 1975) foi uma das mais brilhantes e originais pensadoras políticas do século XX. Ensaísta e filósofa prolífica durante toda a vida, foi aluna de filosofia de Karl Jaspers na Universidade de Heidelberg. Foi professora de filosofia política na New School for Social Research por muitos anos e professora-visitante no Committee on Social Thought na Universidade de Chicago. Pela Civilização Brasileira, publicou A vida do espírito.


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