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Avis Rara lança este mês um relato emocionante de um sobrevivente dos campos de concentração soviéticos

Baseado nas memórias de Vladimir V. Tchernavin, um engenheiro que conseguiu fugir dos Gulags, livro mostra a história de terror imposta pelo comunismo na URSS



“Eu conto a minha própria história porque acredito que apenas dessa maneira poderei cumprir a obrigação moral que um destino generoso me impôs quando me ajudou a escapar do terror soviético – o dever de falar por aqueles cujas vozes não podem ser ouvidas. Em silêncio eles são enviados aos campos de concentração na condição de prisioneiros; em silêncio eles são torturados e mortos por balas soviéticas” – Vladmir V. Tchernavin


A vida de Tchernavin — um simples engenheiro sem ativismo político adversário — é revirada de uma hora para outra. A narrativa da chegada de oficiais a sua casa ao envio para um Gulag, sem provas de crimes, parece obra de ficção, mas não são. Seu relato nos permite conhecer as histórias em primeira pessoa, ouvir o testemunho de quem vivenciou o terror e vislumbrar, ao lado das vítimas, a miséria humanitária e espiritual a que o socialismo as condenou. E que conseguiu fugir, para contar a história daqueles que não tiveram a mesma sorte...


O selo Avis Rara lança este mês “Nos campos de concentração Soviéticos”, um relato emocionante e visceral de um homem comum que foi torturado em seu próprio país, nos Gulags, os campos de trabalhos forçados que eram verdadeiros matadouros de seres humanos.


Gulag é um acrônimo, em russo, para Administração Central dos Campos. Tratava-se de campos de prisioneiros onde os detentos eram punidos com trabalhos forçados, torturas físicas e psicológicas. E em sua maioria os presos eram pessoas que se opunham ao Regime Soviético. Mas esse não era o caso do engenheiro e especialista em pesca Vladmir V. Tchernavin.


Tchernavin morava em Murmansk, quando o governo exigiu um aumento expressivo da produção de pescados para atender à demanda da população. Sem alcançar o número, foi acusado de boicotar o plano soviético e enviado para dois Gulags.


O socialismo soviético instaurou campos de trabalhos forçados, os chamados Gulags, com motivações e características muito distintas de outros regimes autoritários e que ainda são pouco estudados. Os documentos históricos mais importantes são narrativas de quem esteve lá, que foram registrados em momentos de fuga após a libertação ou escritos durante o cárcere, e transmitem todo o clima daquele momento.


E só assim é possível compreender as estratégias de sobrevivência, as técnicas para manutenção da sanidade, os resquícios de solidariedade e senso de humor daqueles que se mantinham humanos em meio ao inferno da utopia.


Vladimir V. Tchernavin apresenta-nos essa realidade com maestria. A sua escrita corre como um filme: com aventura, suspense e análises de excepcional clareza, como numa mistura de documentário e thriller em que logo nos vemos ao lado do protagonista, sofrendo com ele e torcendo pelo sucesso de seus planos de fuga.


“Após dias de caminhada, eles chegaram à Finlândia e imigraram para a Inglaterra. Eu conto a minha própria história porque acredito que apenas dessa maneira poderei cumprir a obrigação moral que um destino generoso me impôs quando me ajudou a escapar do terror soviético – o dever de falar por aqueles cujas vozes não podem ser ouvidas. Em silêncio, eles são enviados aos campos de concentração na condição de prisioneiros; em silêncio, eles são torturados e mortos. [...]”


Este relato é uma aventura épica de sobrevivência ao socialismo; mas é também uma declaração de amor à liberdade, um testemunho de quem decidiu lutar e manter as esperanças mesmo em meio à violência mais cruel, ao mais tirânico dos regimes, à mais injusta das circunstâncias.


Ficha Técnica

Título:  Nos campos de concentração Soviéticos

Nº de páginas: 352

Preço: R$69,90

 

Sobre o autor:

Vladimir V. Tchernavin foi um dos primeiros prisioneiros do sistema Gulag Soviético que conseguiu fugir para o exterior. Ele era um especialista em pesca que morava em Murmansk, quando o governo exigiu um aumento expressivo da produção de pescados para atender à demanda da população. Sem alcançar o número, foi acusado de boicotar o plano soviético e enviado para dois Gulags.

Planejou meticulosamente sua fuga com a família num dia em que a esposa, Tatiana, e o filho, Andrei, viessem para uma visita no campo de pesca em que estava confinado. A família saiu para um piquenique e escapou em um barco que ele havia preparado semanas antes. Cada membro da família carregava uma mochila com mantimentos, e acampavam onde encontrassem abrigo.

 

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