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"O corredor estreito e Por que as nações fracassam" é lançado pela editora Intrínseca



A liberdade floresce nos limites entre uma sociedade vibrante e um Estado eficiente
 
A proximidade das eleições no Brasil traz à tona debates fundamentais. Atualmente, a instrumentalização da liberdade para servir a interesses políticos autoritários é um dos temas centrais das discussões, ao lado das fake news e das disputas entre as instituições republicanas. Aclamados por seu trabalho em Por que as nações fracassam, os acadêmicos Daron Acemoglu e James A. Robinson oferecem uma profunda reflexão sobre a relação entre o Estado e a sociedade, o que é uma contribuição importante para a compreensão do momento político que o Brasil e o mundo atravessam.
 
O corredor estreito, o novo livro da dupla de intelectuais, chega às livrarias em maio pela Intrínseca e expande os estudos do primeiro best-seller: além de refletir sobre o papel do Estado no desenvolvimento das sociedade, também investiga a função do corpo social na construção dos caminhos para a liberdade do indivíduo.
 
“Não o escrevemos com a pandemia de Covid-19 em mente. Mas, se tivéssemos inventado um cenário para ilustrar as principais ideias do livro, não conseguiríamos criar algo tão apropriado. Isso porque todas as respostas para essas questões giram em torno da tese central deste livro: a maneira com que Estado e sociedade interagem e controlam um ao outro determina a capacidade estatal, as políticas do governo, nossa resiliência, prosperidade, segurança e, por fim, nossa liberdade”, afirmam os autores.
 
Ao analisarem passagens históricas diversas, como o movimento dos Direitos Civis Americanos, a história inicial e recente da Europa, e a civilização zapoteca por volta de 500 A.C., Acemoglu e Robinson demonstram como a liberdade dificilmente é um status “natural”. Na maioria dos lugares e na maioria das vezes, os fortes dominaram os fracos e a liberdade humana foi anulada por coerção ou por costumes e normas. Ou os Estados foram fracos demais para proteger os indivíduos dessas ameaças, ou foram fortes demais para que as pessoas se protegessem do despotismo. A liberdade surge apenas quando um equilíbrio delicado e precário é alcançado entre Estado e sociedade.
 
Para estabelecer a sintonia fina que garante a autonomia dos indivíduos, eles defendem a importância do ativismo e da mobilização popular. “A liberdade precisa do Estado e das leis. Mas não é cedida pelo Estado nem pelas elites que o controlam. É conquistada por pessoas comuns, pela sociedade. A sociedade precisa controlar o Estado para que ele possa proteger e promover a liberdade das pessoas, em vez de destruí-la como Assad fez na Síria antes de 2011. A liberdade precisa de uma sociedade mobilizada, que participa da política, protesta quando necessário e, quando pode, vota para tirar o governo do poder.”
 
Segundo Acemoglu e Robinson, da harmonia entre o Estado e a sociedade nasce o equilíbrio, que dispensa um momento revolucionário. Assim a liberdade surge como um corredor estreito.  “É uma constante, uma luta diária entre os dois”, afirmam.
 
Junto ao inédito O corredor estreito, chega às livrarias a nova edição de Por que as nações fracassam, com nova tradução de Rogério Galindo e Rosiane Correia de Freitas. Lançado originalmente em 2012, esse clássico moderno da economia e das ciências humanas investiga a história de civilizações separadas tanto pelos séculos quanto pela geografia para responder a uma questão que há séculos intriga os estudiosos: por que algumas nações são ricas e outras são pobres?

 
“Uma perspectiva instigante sobre a crise democrática de nosso tempo e um forte ponto de partida para compreender os vários perigos que a democracia e a liberdade enfrentam hoje.” — The Washington Post
 
“Este livro não vê a liberdade como mera ausência da opressão estatal (...) E vai muito além do foco nas instituições: mostra como o Estado funciona.”
— Financial Times

DARON ACEMOGLU é professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Em 2005, recebeu a Medalha John Bates Clark, concedida a economistas com menos de quarenta anos cujas contribuições para o pensamento e o conhecimento econômico sejam consideradas de maior relevância; em 2012, recebeu o Prêmio Erwin Plein Nemmers de Economia por trabalhos de importância duradoura; e em 2016 recebeu o Prêmio Fronteiras do Conhecimento da Fundação BBVA por suas contribuições em Economia, Finanças e Gestão.

JAMES A. ROBINSON, cientista político e economista, é professor da Universidade de Chicago. Especialista de renome mundial em América Latina e África, realizou pesquisas na Bolívia, na República Democrática do Congo, em Serra Leoa, no Haiti e na Colômbia, onde lecionou por muitos anos em cursos de verão na Universidade dos Andes, em Bogotá.

 

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