Depois de uma concorrida sessão de autógrafos no Rio de Janeiro, Gustavo Binenbojm se prepara para o lançamento de O rabino do mundo: A sabedoria judaica compartilhada
em São Paulo. O evento será nesta quinta-feira (01/06) no Museu
Judaico, a partir das 18h. Haverá um bate-papo do autor com a diretora
de comunicação da instituição, Marilia Neustein, e, em seguida, uma
sessão de autógrafos.
Nascido
em Londres, filho de um mercador, Jonathan Sacks (1948-2020) se tornou
uma das maiores lideranças espirituais de seu tempo. Filósofo, teólogo,
membro da Câmara dos Lordes e rabino-chefe do Reino Unido, Sacks
construiu uma extensa e influente obra sobre o judaísmo e seus valores
humanistas. Gustavo Binenbojm mergulhou nessa obra e extraiu lições
valiosas e universais.
Em O rabino do mundo, que chegou às livrarias pelo selo
História Real (Intrínseca) em maio, Binenbojm entrelaça a história do
povo judeu e o legado de Sacks a reflexões filosóficas de autores como
Nietzsche e Primo Levi, preceitos religiosos e experiências pessoais. O
resultado é uma leitura clara e tocante, em que esses ensinamentos são
aplicados no dia a dia, seja em diálogo com nossos dilemas imemoriais –
como o medo da morte e a busca por um sentido na vida –, seja em
questões contemporâneas, como os tribunais morais da internet e seus
implacáveis cancelamentos.
“O cancelamento é o novo desterro, uma condenação coletiva, sem que
exista processo, defesa ou juiz. Não é à toa que o rabino Jonathan Sacks
chamou o nosso tempo de a ‘era do imperdoável’. A internet tem uma
aversão absoluta ao erro. E, no entanto, seres humanos cometem erros.
Essa é, no mundo real, a matéria-prima da qual todos somos feitos”,
conclui o autor.
Assim, a história de transformação pessoal de Moisés é relembrada para
mostrar a visão do rabino Sacks sobre liderança e quem são os
verdadeiros líderes da nossa sociedade: os educadores. Em outra
passagem, Binenbojm parte das prédicas do rabino durante a celebração do
Yom Kippur (o Dia do Perdão) para refletir sobre arrependimento, perdão
e a importância do erro. “A exigência da perfeição não é divina, mas
uma neurose humana. Se saber é poder, reconhecer os erros e aprender com
eles é a forma mais elevada de sabedoria.”, afirma.
Após apresentar uma instigante reflexão sobre a defesa da liberdade
enquanto conquista civilizatória, em Liberdade igual, também lançado
pelo selo História Real, Gustavo Binenbojm mostra que o judaísmo oferece
preceitos universais ao destacar a crença judaica no livre-arbítrio e
na defesa da moralidade, do humanismo e da democracia.
“Gustavo
Binenbojm nos leva a um mergulho nos pilares do judaísmo sob a ótica do
rabino Jonathan Sacks, um defensor dos valores judaicos, como
moralidade, humanismo e democracia.” – Renata Capucci
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