"O céu implacável" é o novo livro de João Anzanello Carrascoza, que será lançado no dia 6 de julho pelo selo Alfagarra. O romance aborda a história de um homem que chega aos sessenta anos de idade, confinado em casa e distante das pessoas que ama. Como pai tardio, ele sente que não será capaz de acompanhar as conquistas dos filhos e, pela primeira vez, encara a solidão na velhice.
O livro é uma reflexão tocante sobre a experiência do viver e as emoções que surgem diante das mudanças e desafios impostos pelo tempo. Carrascoza, renomado autor brasileiro, é vencedor de importantes prêmios literários como o Jabuti, Fundação Biblioteca Nacional, APCA e Candango.
Em "O céu implacável", o autor retoma os personagens de seu livro anterior, "Inventário do azul", para explorar a história de distanciamento e solidão de um homem que se depara com a possibilidade do fim ao completar sessenta anos. Diferentemente do livro anterior, onde o narrador acompanhava o crescimento dos filhos e lidava com o passado, agora a situação se altera de forma radical. O protagonista encontra-se confinado em casa devido à pandemia e só consegue interagir com os filhos por meio de conversas online. A solidão e a sensação de envelhecimento tornam-se ainda mais tangíveis quando ele se depara com os pequenos objetos que os filhos deixaram para trás, como um chinelo, uma escova de dentes ou uma toalha com estampa da Cinderela.
Carrascoza aborda a temática com uma prosa que transita entre momentos de leveza e perda, amor e aflição. O livro apresenta arcos narrativos independentes, permitindo a leitura separada dos dois romances, mas quando lidos em conjunto, eles retratam a imprevisibilidade da vida e as expectativas que se modificam a cada instante. Através da história dessa família dispersa, mas profundamente unida, o autor reflete sobre os desafios, a beleza e os conflitos inerentes ao envelhecimento e à passagem do tempo.
"O céu implacável" promete emocionar os leitores com sua abordagem sensível e profunda sobre os aspectos universais da existência humana. Carrascoza, mais uma vez, utiliza sua habilidade narrativa para explorar as complexidades das relações familiares, a solidão, a finitude e a importância de aproveitar cada momento da vida.
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