Livro narra incrível relato sobre a luta de um judeu para contar ao mundo a verdade sobre Auschwitz
A Intrínseca publica em junho uma história sobre como a verdade pode ser a diferença determinante entre a vida e a morte. Em Arte da fuga,
o jornalista e escritor Jonathan Freedland relata a jornada real de
Rudolf Vrba, uma figura brilhante e inquieta que nos permitiu
compreender os mecanismos do Holocausto.
Abril de 1944. Após viver e testemunhar imensuráveis sofrimentos,
observar tentativas fracassadas de fuga e se preparar bastante, o
adolescente Rudolf Vrba — que na época ainda se chamava Walter Rosenberg
— tornou-se um dos primeiros judeus a escapar de Auschwitz e abrir
caminho para a liberdade. Ao fim da guerra, ele teria sido um dos únicos
a conseguir realizar tal façanha. Além de salvar a própria vida, o
objetivo que o movia era revelar ao mundo a realidade sobre o campo de
extermínio. Vrba pretendia alertar os últimos judeus da Europa sobre o
destino que os esperava quando embarcassem no trem rumo ao
“reassentamento”, convicto de que o conhecimento da verdade os salvaria.
Contra todas as probabilidades, ele e seu companheiro de fuga, Fred
Wetzler, analisaram minuciosamente a situação e foram capazes de se
esconder, escalar montanhas, cruzar rios e escapar dos tiros dos
alemães, até que conseguiram transmitir, em segredo, o primeiro relato
completo de Auschwitz de que o mundo teve notícias. Um relatório forense
detalhado que um dia chegaria ao conhecimento de Franklin Roosevelt,
Winston Churchill e do papa. No entanto, pouquíssimas pessoas deram
ouvidos ao aviso que Vrba, com apenas 19 anos então, arriscou tudo para
narrar. Alguns não podiam acreditar em tamanha crueldade. Outros acharam
mais fácil permanecer inertes. Ainda assim, Rudolf Vrba ajudou a salvar
a vida de 200 mil judeus — embora sempre tenha achado que esse número
poderia ter sido muito maior.
Um relato essencial de um homem disposto a tudo para salvar vidas, Arte da fuga foi considerado livro do ano por veículos como The Times, The Economist, The Guardian e Time.
Ao divulgar a história de Vrba, Jonathan Freedland não só o coloca ao
lado de figuras como Anne Frank, Oskar Schindler e Primo Levi, como
também afirma a importância da informação e da verdade em momentos
sombrios.
“Um
livro brilhante e comovente, com lições universais e oportunas sobre o
poder da informação — e da desinformação. Contar a verdade pode impedir o
assassinato em massa?”
Yuval Noah Harari, autor de Sapiens: uma breve história da humanidade
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