Em continuidade às comemorações do centenário de morte do escritor e jornalista Lima Barreto, sua história é apresentada ao público jovem na obra Barreto – Lima Barreto, (R$74,90, 40 páginas) biografia que integra a Coleção Black Power, da Editora Mostarda.
A trajetória do carioca nascido em 13 de maio de 1881, jornalista e escritor consagrado por escrever, principalmente contra as desigualdades e as injustiças sofridas pelas pessoas negras, pelos pobres e pelas mulheres, sempre denunciando os privilégios de alguns e a exploração da maioria do povo, é contada pelo escritor André Augustus Diasz, também Gerente de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo.
Este livro conta a história de Lima Barreto, um escritor brasileiro que dedicou sua obra à militância negra. Um dos responsáveis pela modernização da literatura brasileira, tanto do ponto de vista estético quanto social, Lima Barreto foi um visionário que colocou o negro como protagonista na literatura nacional.
A obra Barreto – Lima Barreto conta com ilustrações de Jefferson Costa, também quadrinista, storyboarder e characther designer. Costa pretende mostrar ao leitor e importância e a expressão combativa deste, que foi o escritor brasileiro pioneiro a denunciar a discriminação e dificuldades vividas por pessoas negras: Lima Barreto.
Quem foi Lima Barreto?
Nascido em 13 de maio de 1881, no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, Afonso Henriques de Lima Barreto era o mais velho de 4 filhos em uma família modesta, todos filhos de um tipógrafo e de uma professora de escola para crianças. Seus pais, filhos de pessoas livres escravizadas que haviam conseguido a liberdade, já nasceram livres. Sete anos após o nascimento do primogênito Afonso (eternizado mais tarde com o nome de Lima Barreto), a escravidão chegou ao fim com a chamada Abolição da Escravatura com a Lei Áurea.
Foi neste contexto que viveu Lima Barreto – onde a pobreza, os maus tratos, a humilhação e o preconceito por causa da cor da pele e a origem social persistiam. Foi nessa realidade que cresceu Lima Barreto, apesar de ter tido a oportunidade de estudar nas melhores escolas do Rio de Janeiro com o apoio de seu tio o Visconde de Ouro Preto.
Inteligente e dedicado, ingressou, aos 16 anos, na Faculdade de Engenharia Civil no Largo de São Francisco. Mas sua paixão era a leitura – era grande frequentador de bibliotecas e passava boa parte do dia lendo na Biblioteca Nacional, a principal e mais importante do Brasil.
Após a morte de seu pai, Lima prestou concurso público, e passou a trabalhar como escriturário e, ao mesmo tempo como jornalista, passou a escrever para os principais jornais e revistas da época, onde assinava com pseudônimos para se livrar do racismo. Com o tempo, começou a escrever seus livros, nos quais denunciava as desigualdades e injustiças sofridas pelas pessoas negras, pelos pobres e pelas mulheres – sempre denunciava os privilégios de alguns e a exploração da maioria do povo.
“Quando me julgo, nada valho. Quando me comparo, sou grande.” (Lima Barreto)
Infelizmente, o agravamento de seus problemas emocionais e familiares, o sofrimento causado pelo racismo e falta de reconhecimento por seu trabalho contribuíram para que o escritor se tornasse viciado em bebida. Após constantes internações e escrevendo cada vez melhor e com maior senso crítico (embora sem o merecido reconhecimento por sua obra), Lima Barreto faleceu aos 41 nos, no dia 1º. de novembro de 1922 devido a problemas no coração. A partir da década de 1950, seus livros foram finalmente reconhecidos e assim o são até os dias atuais.
Nas páginas finais do livro, uma linha do tempo ilustrada sintetiza a trajtória de Lima e, na sequência, o leitor encontra referências de obras publicadas pelo escritor e jornalista e de materiais para ler e ouvir e conhecer mais sobre Lima Barreto, um dos maiores escritores brasileiros.
Sobre o autor André Augustus Diasz tem 42 anos, nasceu em São Paulo e acredita que as palavras carregam encantos mágicos e que a escrita e os livros são resultados dessa alquimia que mistura a vida, os sonhos e a imaginação. Seus livros se conectam com aquilo que há de mais simples e original em cada pessoa: a sensibilidade. Em seus textos, procura apresentar significados que deixem impressões nas mentes e nos corações dos leitores. É formado em Comunicação Social pela Unesp com estudos complementares em projetos criativos pelo Centro de Estudos Latino Americanos da USP, em parceria com a GACO Art da Universidade Jean Moulin Lyon 3 – Université de Lyon (FR), e, Cultural Cooperation Networks - Projetos Culturais em rede e a Agenda 2030, pela Universidade do Minho (Portugal). Tem larga experiência em curadoria e gestão de projetos culturais, além de diversos trabalhos nas áreas de literatura e biblioteca. Integrou a comissão curatorial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo entre 2012 e 2022. Foi jurado do V Prêmio ABERST – Associação Brasileira dos escritores de Romance Policial, Suspense e Terror. Esteve à frente, pelo Sesc São Paulo, do acompanhamento e curadoria compartilhada das programações do projeto Puzzle, ação cultural que representou a literatura e o teatro brasileiro na Feira do Livro de Frankfurt (GER) em 2013, ano em que o Brasil foi o país homenageado. Na arquitetura, em 2019, desenvolveu o projeto “Arquitetura das coisas: como a percepção sobre a arquitetura dos centros culturais se relaciona com a gestão dos espaços”, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP, e esteve a frente das ações do II Seminário Internacional Espaços Narrados, que relaciona arquitetura e literatura, uma parceria com a FAU-USP. É ativista no campo dos direitos humanos. Atualmente, é Gerente de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo.
@andreaugustusdiasz facebook.com/andreaugustus.
Sobre o ilustrador Jefferson Costa é um talentoso ilustrador, quadrinista, storyboarder e character designer. Nasceu em São Paulo no dia 5 de março de 1979. Desde criança, já percebia que a arte e o desenho eram uma grande paixão. Por muitas vezes ele sentiu que, sendo uma pessoa negra, transformar essa paixão em profissão não seria uma tarefa fácil. Mas não seriam as barreiras do preconceito que o fariam parar. Buscou diversos cursos técnicos e iniciou sua carreira. Já trabalhou com quase tudo que envolva desenho, fez trabalhos internacionais, criou grandes personagens e foi premiado pelo seu talento. O que Jefferson Costa busca é comunicar e levar uma mensagem por meio dos desenhos. Nos quadrinhos, pensa em como protagonistas negros são necessários e representativos, mos-trando, sobretudo, que essas vozes devem ser ouvidas. @jeff_costa_rm
Sobre a Editora Mostarda Fundada em 2018 pela segunda geração de uma família dedicada aos livros, a Editora Mostarda nasce com o nome e com o propósito de uma pequena semente que se transforma na maior das hortaliças. Inclusiva e diversa, a Editora Mostarda entende que seu papel é germinar histórias e responsabilidades sociorraciais e socioambientais, sobretudo entre crianças e adolescentes. Não por acaso compõem seu portfólio biografias de personalidades pretas de todos os tempos na jovem e já aclamada Coleção Black Power, indígenas notáveis da atualidade na Coleção Kariri, mulheres inspiradoras na Coleção Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas, além das tramas ficcionais presentes nas demais obras, como O Jardim de Marielle. Com livros em braille (inclusive com ilustrações) e em fontes ampliadas, a intenção da Mostarda é ser uma grande e importante difusora do livro e que, nessa trajetória, seja possível mudar a vida das pessoas, agregando conhecimento, quebrando barreiras e preconceitos.
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Em continuidade às comemorações do centenário de morte do escritor e jornalista Lima Barreto, sua história é apresentada ao público jovem na obra Barreto – Lima Barreto, (R$74,90, 40 páginas) biografia que integra a Coleção Black Power, da Editora Mostarda.
A trajetória do carioca nascido em 13 de maio de 1881, jornalista e escritor consagrado por escrever, principalmente contra as desigualdades e as injustiças sofridas pelas pessoas negras, pelos pobres e pelas mulheres, sempre denunciando os privilégios de alguns e a exploração da maioria do povo, é contada pelo escritor André Augustus Diasz, também Gerente de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo.
Este livro conta a história de Lima Barreto, um escritor brasileiro que dedicou sua obra à militância negra. Um dos responsáveis pela modernização da literatura brasileira, tanto do ponto de vista estético quanto social, Lima Barreto foi um visionário que colocou o negro como protagonista na literatura nacional.
A obra Barreto – Lima Barreto conta com ilustrações de Jefferson Costa, também quadrinista, storyboarder e characther designer. Costa pretende mostrar ao leitor e importância e a expressão combativa deste, que foi o escritor brasileiro pioneiro a denunciar a discriminação e dificuldades vividas por pessoas negras: Lima Barreto.
Quem foi Lima Barreto?
Nascido em 13 de maio de 1881, no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, Afonso Henriques de Lima Barreto era o mais velho de 4 filhos em uma família modesta, todos filhos de um tipógrafo e de uma professora de escola para crianças. Seus pais, filhos de pessoas livres escravizadas que haviam conseguido a liberdade, já nasceram livres. Sete anos após o nascimento do primogênito Afonso (eternizado mais tarde com o nome de Lima Barreto), a escravidão chegou ao fim com a chamada Abolição da Escravatura com a Lei Áurea.
Foi neste contexto que viveu Lima Barreto – onde a pobreza, os maus tratos, a humilhação e o preconceito por causa da cor da pele e a origem social persistiam. Foi nessa realidade que cresceu Lima Barreto, apesar de ter tido a oportunidade de estudar nas melhores escolas do Rio de Janeiro com o apoio de seu tio o Visconde de Ouro Preto.
Inteligente e dedicado, ingressou, aos 16 anos, na Faculdade de Engenharia Civil no Largo de São Francisco. Mas sua paixão era a leitura – era grande frequentador de bibliotecas e passava boa parte do dia lendo na Biblioteca Nacional, a principal e mais importante do Brasil.
Após a morte de seu pai, Lima prestou concurso público, e passou a trabalhar como escriturário e, ao mesmo tempo como jornalista, passou a escrever para os principais jornais e revistas da época, onde assinava com pseudônimos para se livrar do racismo. Com o tempo, começou a escrever seus livros, nos quais denunciava as desigualdades e injustiças sofridas pelas pessoas negras, pelos pobres e pelas mulheres – sempre denunciava os privilégios de alguns e a exploração da maioria do povo.
“Quando me julgo, nada valho. Quando me comparo, sou grande.” (Lima Barreto)
Infelizmente, o agravamento de seus problemas emocionais e familiares, o sofrimento causado pelo racismo e falta de reconhecimento por seu trabalho contribuíram para que o escritor se tornasse viciado em bebida. Após constantes internações e escrevendo cada vez melhor e com maior senso crítico (embora sem o merecido reconhecimento por sua obra), Lima Barreto faleceu aos 41 nos, no dia 1º. de novembro de 1922 devido a problemas no coração. A partir da década de 1950, seus livros foram finalmente reconhecidos e assim o são até os dias atuais.
Nas páginas finais do livro, uma linha do tempo ilustrada sintetiza a trajtória de Lima e, na sequência, o leitor encontra referências de obras publicadas pelo escritor e jornalista e de materiais para ler e ouvir e conhecer mais sobre Lima Barreto, um dos maiores escritores brasileiros.
Sobre o autor André Augustus Diasz tem 42 anos, nasceu em São Paulo e acredita que as palavras carregam encantos mágicos e que a escrita e os livros são resultados dessa alquimia que mistura a vida, os sonhos e a imaginação. Seus livros se conectam com aquilo que há de mais simples e original em cada pessoa: a sensibilidade. Em seus textos, procura apresentar significados que deixem impressões nas mentes e nos corações dos leitores. É formado em Comunicação Social pela Unesp com estudos complementares em projetos criativos pelo Centro de Estudos Latino Americanos da USP, em parceria com a GACO Art da Universidade Jean Moulin Lyon 3 – Université de Lyon (FR), e, Cultural Cooperation Networks - Projetos Culturais em rede e a Agenda 2030, pela Universidade do Minho (Portugal). Tem larga experiência em curadoria e gestão de projetos culturais, além de diversos trabalhos nas áreas de literatura e biblioteca. Integrou a comissão curatorial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo entre 2012 e 2022. Foi jurado do V Prêmio ABERST – Associação Brasileira dos escritores de Romance Policial, Suspense e Terror. Esteve à frente, pelo Sesc São Paulo, do acompanhamento e curadoria compartilhada das programações do projeto Puzzle, ação cultural que representou a literatura e o teatro brasileiro na Feira do Livro de Frankfurt (GER) em 2013, ano em que o Brasil foi o país homenageado. Na arquitetura, em 2019, desenvolveu o projeto “Arquitetura das coisas: como a percepção sobre a arquitetura dos centros culturais se relaciona com a gestão dos espaços”, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP, e esteve a frente das ações do II Seminário Internacional Espaços Narrados, que relaciona arquitetura e literatura, uma parceria com a FAU-USP. É ativista no campo dos direitos humanos. Atualmente, é Gerente de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo.
@andreaugustusdiasz facebook.com/andreaugustus.
Sobre o ilustrador Jefferson Costa é um talentoso ilustrador, quadrinista, storyboarder e character designer. Nasceu em São Paulo no dia 5 de março de 1979. Desde criança, já percebia que a arte e o desenho eram uma grande paixão. Por muitas vezes ele sentiu que, sendo uma pessoa negra, transformar essa paixão em profissão não seria uma tarefa fácil. Mas não seriam as barreiras do preconceito que o fariam parar. Buscou diversos cursos técnicos e iniciou sua carreira. Já trabalhou com quase tudo que envolva desenho, fez trabalhos internacionais, criou grandes personagens e foi premiado pelo seu talento. O que Jefferson Costa busca é comunicar e levar uma mensagem por meio dos desenhos. Nos quadrinhos, pensa em como protagonistas negros são necessários e representativos, mos-trando, sobretudo, que essas vozes devem ser ouvidas. @jeff_costa_rm
Sobre a Editora Mostarda Fundada em 2018 pela segunda geração de uma família dedicada aos livros, a Editora Mostarda nasce com o nome e com o propósito de uma pequena semente que se transforma na maior das hortaliças. Inclusiva e diversa, a Editora Mostarda entende que seu papel é germinar histórias e responsabilidades sociorraciais e socioambientais, sobretudo entre crianças e adolescentes. Não por acaso compõem seu portfólio biografias de personalidades pretas de todos os tempos na jovem e já aclamada Coleção Black Power, indígenas notáveis da atualidade na Coleção Kariri, mulheres inspiradoras na Coleção Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas, além das tramas ficcionais presentes nas demais obras, como O Jardim de Marielle. Com livros em braille (inclusive com ilustrações) e em fontes ampliadas, a intenção da Mostarda é ser uma grande e importante difusora do livro e que, nessa trajetória, seja possível mudar a vida das pessoas, agregando conhecimento, quebrando barreiras e preconceitos.
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