Escritora argentina lança livro de contos sobre as facetas mais obscuras da humanidade
Os leitores capturados pelos mistérios da seita secreta de Nossa parte de noite e pelos horrores cotidianos retratados em As coisas que perdemos no fogo terão uma nova chance de se aventurar pelo universo soturno e estranhamente familiar de Mariana Enriquez. Em Os perigos de fumar na cama,
que a Intrínseca publica em 26 de julho, a autora argentina traz um
vislumbre peculiar dos abismos mais sombrios da alma humana e das
correntes ocultas da sexualidade e da obsessão.
Uma menina descobre ossos no quintal, e não são de um animal. Uma cena
bucólica de verão, garotas se banhando no lago de uma pedreira,
transforma- -se num inferno motivado por ciúme e inveja. Um homem
marginalizado semeia desgraças em um bairro rico após ser maltratado.
Barcelona se transforma em um cenário perturbador, marcado pela culpa e
do qual é impossível escapar. Uma presença fantasmagórica busca um
sacrifício em um balneário. Uma garota que tem fetiche por homens com
doenças cardíacas. Uma estrela do rock vítima de uma morte horrível é
homenageada por fãs de um jeito inimaginável. Um sujeito que filma
clandestinamente casais transando e mulheres de salto alto andando pelas
ruas recebe uma proposta que mudará sua vida.
Neste aclamado livro de contos, Mariana Enriquez reúne doze histórias
fantásticas, lançando mão de um amplo repertório de recursos narrativos
inspirados nos clássicos do terror: fantasmas, bruxas, brincadeiras com
espíritos, visões e mortos que voltam à vida. Mas, muito além de apenas
revisitá-lo, ela renova o gênero pelo qual ficou conhecida, demonstrando
mais uma vez a força de sua voz radicalmente contemporânea. Suas
histórias mergulham no sinistro que espreita o cotidiano, exibem um
erotismo obscuro e tecem imagens poderosas cuja marca é inegável.
Os perigos de fumar na cama foi finalista do International
Booker Prize e do Kirkus Prize. Com suas narrativas extraordinárias de
obsessão e horror, a autora não só se conecta com mestres da literatura
como Shirley Jackson, Thomas Ligotti e Julio Cortázar, como também cria
cenários e personagens que permanecem na imaginação mesmo após o fim da
leitura.
“A
obra de Mariana Enriquez é assombrada pelo espectro da história
latino-americana do fim do século XX, mas a força da ficção faz com que
estar nesse universo seja uma experiência divertida.”
The New York Review of Books
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