Uma semana de atividades culturais, artísticas, ambientais. É o que
propõe a ‘Mostra Cultural Canto de Cabocla’, que será realizada de modo online
entre os dias 25 (segunda-feira) e 31 deste mês de outubro (domingo). Gratuito
e aberto à participação de pessoas de todas as idades, o evento tem o apoio da
Prefeitura de Mogi das Cruzes, via Programa de Fomento à Arte e Cultura de Mogi
das Cruzes (Profac).
Serão sete ações, uma para cada dia de programação, sempre às 20 horas,
sempre pelo YouTube. Quem abre a agenda é a cantora e gestora do Canto de Cabocla, Sandra
Vianna. Na segunda-feira, dia 25, ela apresentará a canção ‘Iru’, uma das
autorais que poderá, em breve, ser ouvida no disco ‘Vida Fluída’, que será
gravado pelo Estúdio Municipal de Áudio e Música (Emam).
Na sequência, na terça-feira dia 26, Alissa Vianna conduzirá o ensaio
aberto ‘C’Ouro de Lua’, que envolve percussão e canto. Será uma pequena mostra
do grupo de estudos percussivos que ela coordena e que inclui aulas e oficinas
de percussão e curimba (instrumento de percussão dos terreiros de Umbanda e
religiões afrodescendentes).
Já na quarta-feira, dia 27, Yas Guidella propõe um convite diferente. O
espectador da mostra poderá participar de uma série de “jogos teatrais”, tendo
como base a peça ‘A Rainha’, encenada pela primeira vez em abril de 2020, como
um experimento artístico e de reflexão no início da pandemia de Covid-19. Na
época, em formato de live, mas sem recursos de captação, a peça chamou o
público à reflexão sobre ações locais e também globais, sobre a saúde do
planeta. Agora, a atriz Yas provoca o pensamento sobre o ainda presente novo
coronavírus, incluindo também questões ambientais.
O dia seguinte, quinta-feira, 28, terá uma aula de dança contextualizada
e baseada em ritmos latinos, com o professor Lucas Garcia. E depois, na
sexta-feira, dia 29, Rose Kareemi Ponce, do espaço Tekoa Porã, fará um workshop
sobre ervas, cura, bendizer e cultura ancestral tupi-guarani.
As ações continuam no final de semana. Sábado, 30, será tempo de aprender
com a artesã Dáfine Cruz, do Ateliê Caipora. Além de técnicas naturais para
confecção e reciclagem de roupas e artesanatos, a artista passará conceitos de
macramê (método que envolve nós em tecidos), cultura ancestral e ainda abordará
a inspiração e a conexão com a natureza.
E no domingo, dia 31, Jéssica Vianna encerra a mostra. Como um
agradecimento aos 10 anos de Canto de Cabocla, ela explora a relação de toda a
equipe com o meio ambiente, oferecendo ao público exemplos de pequenas
ações que incorporam o dia a dia no espaço. Terá caráter especial a conectividade
dos envolvidos com o Largo do Bom Jesus, principalmente com o Jequitibá que pode
ser contemplado por lá.
“Um olhar ambiental, cultural e
afetuoso” marca toda a agenda, pensada para “manter a atividade coletiva”, como
conta Sandra Vianna. As sete atividades foram estrategicamente desenhadas para
“mostrar ao público as realizações” do grupo, pautadas pela diversidade.
Selecionar os profissionais que
coordenariam as ações, portanto, não foi um desafio. “Os critérios para a
escolha da agenda foram exatamente a proximidade e o fortalecimento espontâneo
desses membros com o espaço. Mesmo com as portas fechadas, eles continuaram
executando seus trabalhos, deixando contribuição para manutenção da casa
enquanto comercializavam seus trabalhos”.
Além da amizade e cumplicidade
que os une, há outro fator fundamental para o surgimento da Mostra Canto de
Cabocla. “É natural da gente. É inerente ao nosso ser o cuidado com o meio
ambiente. Não conseguimos separar este cuidado, a conscientização alimentar e
comportamental, a valorização das árvores e vegetação, de nossos trabalhos”,
conta Sandra.
Sendo assim, um dos objetivos do
projeto contemplado pelo Profac é mostrar que “o Canto não é só a valorização
do trabalho autoral, da arte local”. O Canto vai além. “É a valorização das
relações, dessa reconexão com o meio ambiente, seja por intermédio de uma
alimentação consciente ou do cuidado com a própria natureza”.
Estes pontos estão presentes em
todas as ações. E a diversidade do que será apresentado mostra algo que, até
então, não era possível apresentar presencialmente. Mas o formato online, com a
experiência das experimentações realizadas em 2020, permite novas perspectivas.
“A parte da educação ambiental, as aulas, tudo isso é o Canto de Cabocla. Essa
mostra é uma forma da gente expor ao nosso público o que conseguimos abarcar. É
natural”, encerra a organização.
As sete apresentações poderão ser
assistidas, de graça, pelo YouTube do
Canto de Cabocla. Mais informações estão disponíveis nas redes sociais do
espaço cultural: @cantodecabocla.
Assista também
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