Novo livro do autor de Como mudar sua mente investiga o uso de drogas vegetais
Depois de refletir sobre o uso de alucinógenos em Como mudar a sua mente, o escritor Michael Pollan volta a falar de substâncias psicoativas em seu novo livro Sob efeito de plantas, que
a Intrínseca lança em fevereiro. Combinando jornalismo, história e
ciência, o autor busca entender nossa relação — ancestral, política e
cultural — com drogas lícitas e ilícitas encontradas na natureza.
Não é novidade que nos valemos das plantas para inúmeros fins —
alimentação, cosmética, remédios, fragrâncias, sabor, fibras —, mas,
certamente, seu uso mais curioso é para alterar nosso estado de
consciência, seja para estimular ou acalmar, provocar ou alterar as
características de nosso cérebro e suas possibilidades. Um exemplo é
nosso consumo diário de cafeína a fim de aguçar a mente. Por que não
pensamos nela como uma droga, nem no seu uso constante como um vício? A
resposta é simples: a cafeína é legal e socialmente aceita. Mas o que
faz, então, da substância uma “droga”?
Mergulhando profundamente na história de três drogas vegetais — ópio,
cafeína e mescalina — e, com sua usual perspicácia, o autor destaca a
estranheza e a arbitrariedade intrínsecas ao nosso modo de pensá-las.
Investigando ativamente as culturas que cresceram em torno dessas
substâncias enquanto as consumia (ou, no caso da cafeína, se abstinha
dela), avalia a poderosa atração humana por plantas psicoativas. Por que
nos esforçamos tanto para buscar esses estados alterados de consciência
e depois cercamos esse desejo universal de leis, taxas e problemáticas?
Através de dados científicos e históricos, e também de suas próprias
memórias, Pollan examina e experimenta essas plantas sob ângulos e em
contextos muito diferentes, lançando uma nova luz sobre compostos
químicos muitas vezes tratados de forma redutiva. Perfeito para aqueles
que se interessam sobre a natureza e a mente humana, Sob efeito de plantas
é um retrato de nossas necessidades e aspirações mais fundamentais, das
maquinações de nosso cérebro e de nossa relação com o mundo natural.
“Pollan
é mestre em desmontar a ciência complexa, transformando-a numa história
envolvente, e desafiar antigas crenças da sociedade.”
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