Best-seller do The New York Times,
obra de não ficção revela os braços da corrupção do governo Putin nos
Estados Unidos e no mundo com fôlego e ritmo de um verdadeiro thriller
O financista Bill Browder oferece um novo e explosivo relato sobre a sua batalha contra Vladimir Putin. Ordem de bloqueio, que chega às livrarias pela Intrínseca, segue o fio narrativo do primeiro livro, Alerta Vermelho,
ao contar sobre a expansão da Lei Magnitsky, que possibilita a
imposição de sanções a violadores de direitos humanos e a cleptocratas
ao redor do mundo. Ao denunciar graves casos sistêmicos de corrupção da
oligarquia russa com a anuência de Putin, Browder se tornou o inimigo
número 1 do mandatário. O embate, que hoje é conhecido mundialmente
graças a estes dois livros, ganha importância no contexto da guerra da
Rússia contra a Ucrânia e o consequente confisco de bens de oligarcas
russos em todo o planeta.
Neste best-seller internacional, Bill Browder revela passagens reais
típicas dos melhores filmes de ação e espionagem em uma narrativa não
linear. O ponto de partida do livro é a sua prisão na capital da
Espanha, quando foi encontrar um proeminente procurador anticorrupção
para denunciar o uso de dinheiro sujo russo na compra de imóveis no
país. A detenção foi feita por policiais, mas poderia ter sido feita por
agentes russos disfarçados. O temor de cair nas garras de Putin só não
foi maior que o apoio recebido. Igualmente assustador foi quando na
Cúpula de Helsinque de 2018, Putin em encontro Donald Trump, então
presidente dos Estados Unidos, ofereceu para trocar alguns agentes de
inteligência russos por Browder e, em uma entrevista coletiva conjunta,
Trump disse que achava que era “uma oferta incrível”.
O autor conta com detalhes a descoberta de ampla rede de corrupção russa
nos Estados Unidos e o tour europeu para aprovação da Lei Magnitsky.
Após a aprovação da legislação em terras americanas durante o governo de
Barack Obama, diversas ordens de bloqueios foram expedidas. Browder
relata com entusiasmo a entrega de provas à promotoria de Nova York
contra a holding Prevezon, responsável pela lavagem de dinheiro russo.
“Isso era muito mais do que eles estavam acostumados a ver. Normalmente,
quando uma pessoa entra no escritório do promotor para denunciar um
crime, diz algo do tipo: “Fui roubado! Por favor, façam alguma coisa!”
Não chega e diz: “Fui roubado! Aqui está o carro do ladrão, aqui está o
número da placa, aqui é onde eles moram, aqui é onde guardaram os bens
roubados e aqui está o que compraram com o dinheiro.” Era isso que eu
tinha acabado de fazer”.
A relação de Bill Browder com a Rússia tem início na década de 2000,
quando ele estabeleceu no país sua empresa de investimentos e se deparou
com um enraizado sistema de corrupção entre o governo e os antigos
oligarcas. Suas denúncias expuseram o roubo de bilhões de dólares, mas
as autoridades russas acusam Browder e seu advogado, Sergei Magnitsky,
de serem os responsáveis pelo esquema fraudulento. Tempos depois,
Magnitsky é espancado até a morte após um ano de maus-tratos em um
presídio de Moscou.
Browder, então, começa uma batalha para identificar e punir os mandantes
do assassinato. Enquanto segue o rastro dos valores enviados da Rússia
em um esquema de lavagem de dinheiro internacional, ele desperta a fúria
de Vladimir Putin, apontado como um dos beneficiários das fraudes. Com
jogadas de mestre, Browder enfrenta agentes contratados para persegui-lo
mundo afora, sofre com o assassinato de aliados e encara os grandes
advogados e políticos ocidentais que tentam impedir seu progresso na
luta contra a corrupção russa.
“Uma
obra essencial, escrita por alguém que entendeu, muito antes de todos, a
corrupção da administração russa e de seus empresários — e as medidas
extremas a que eles chegam para defender sua riqueza ilícita.”
— The Washington Post
“Boas histórias se tornam parte de nós, e esta é uma delas. O testemunho
de um crime é um passo essencial para revertê-lo, e um livro pode ser
uma forma de fazer justiça.” — The Time
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