Após o sucesso do lançamento de O Brasil (não) é uma piada
em São Paulo, que reuniu desde artistas a figuras políticas, André
Marinho realiza uma nova sessão de autógrafos, desta vez, no Rio de
Janeiro. Promovido pela Intrínseca em parceria com a Livraria Argumento,
o evento acontece nesta segunda-feira (26/09), às 18h, no Leblon. A
obra de estreia do humorista narra o período em que acompanhou de perto
os bastidores da campanha presidencial de 2018 e apresenta o seu olhar
sobre o futuro do país.
O Brasil (não) é uma piada, que acaba de chegar às lojas,
mostra um lado nunca antes revelado de Jair Bolsonaro e de figuras
influentes do seu entorno ao expor os bastidores da escalada do então
candidato rumo ao Planalto. O livro apresenta episódios inéditos sobre a
campanha de 2018, com riqueza de detalhes e tiradas bem-humoradas, com a
credibilidade de quem presenciou os fatos.
O autor viveu momentos históricos, muitas vezes infames, ao sediar por
um ano, em sua própria casa, no Rio de Janeiro, o QG da campanha do
então candidato — com uma maior frequência durante o segundo turno.
Relatos autobiográficos se misturam às disputas de poder em meio a
passagens inusitadas. Marinho presenciou a escolha de ministros, uma
briga impublicável de Bolsonaro com o vice-presidente Hamilton Mourão, a
criação do dito “13° salário do Bolsa Família”, entre outras muitas
passagens importantes até o rompimento.
Um dos feitos do humorista durante o tempo em que esteve próximo ao clã
foi dar a notícia da facada sofrida por Bolsonaro à sua esposa, Michele.
Ele descreve a reação: “Em seguida, numa cena que beirava o
surrealismo, Michelle pegou nas minhas mãos, fechou os olhos e pediu que
eu imitasse seu marido. Constrangido, imitando a língua presa de
Bolsonaro, falei: ‘Vai ficar tudo bem, Mi! Agora é confiar em Deus’. Ela
respirou mais aliviada e, por mais inusitado que tenha sido aquele
momento, foi uma experiência forte para ambos”.
Vale ressaltar que Marinho ficou famoso por suas imitações de grandes
personalidades do meio político brasileiro e internacional. Integrou o
time de apresentadores do Programa Pânico da Jovem Pan, um dos maiores
redutos da direita no país. Essa experiência ganha um capítulo no livro,
que também revela a formação humorística do autor.
Além de falar sobre o processo de criação dos personagens que imita,
André Marinho revisita a época em que estudou nos Estados Unidos e
presenciou as ruas ardendo em revolta social, culminando na tempestade
“Donald Trump”. A partir das diversas experiências singulares que viveu,
ele analisa o Brasil e o mundo ao explorar temas relevantes, como
fanatismo, liberdade de expressão, identitarismo, cultura do
cancelamento, o limite do humor e a gamificação da política.
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