Um dos filmes mais aguardados da Netflix em 2022, O enfermeiro da noite,
inspirado no livro-reportagem homônimo de Charles Graeber, estreia na
plataforma nesta quarta-feira, 26 de outubro. A adaptação sobre o maior serial killer dos Estados Unidos traz os vencedores do Oscar Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo e Animais Fantásticos) e Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye)
como o enfermeiro assassino e a colega de trabalho que ajudou a
denunciá-lo, respectivamente. A direção do filme é assinada por Tobias
Lindholm (Krigen), e o roteiro, por Krysty Wilson-Cairns (1917).
Pela primeira vez, a sequência de assassinatos que marcou para sempre o
imaginário popular dos Estados Unidos ganhou um relato definitivo.
Lançado em setembro pela Intrínseca, o livro apresenta com riqueza de
detalhes a trajetória de Charlie Cullen, o maior serial killer
da história do país. O renomado jornalista Charles Graeber foi o
primeiro a entrevistar Cullen na prisão, e a série de conversas com o
assassino, aliada a uma ampla variedade de fontes, resultou em um
trabalho primoroso de jornalismo investigativo, reconhecido com a
indicação ao Edgar Award no ano de seu lançamento.
Conhecido como o “Anjo da morte”, o enfermeiro Charlie Cullen sempre foi
uma pessoa de múltiplas facetas. Foi um filho exemplar, um pai querido,
um amigo confiável e um profissional admirado por seus colegas. Mas o
prestativo profissional de saúde também viria a ser o serial killer
suspeito pela morte de cerca de quatrocentos pacientes. Sua trajetória
assassina durou dezesseis anos, ao longo dos quais ele pulou de hospital
em hospital para apagar seus rastros e continuar matando. Quando Cullen
recebeu a sentença final e foi levado para a viatura da polícia em
março de 2006, parecia que os segredos sinistros de sua vida, carreira e
captura desapareceriam com ele.
Em um trabalho instigante que levou dez anos para ser concluído, Charles
Graeber lançou mão de todas as ferramentas do jornalismo investigativo —
relatos de testemunhas, transcrições, gravações de escutas telefônicas,
vídeos de câmeras de segurança, documentos judiciais, depoimentos dados
em juízo —, bem como a colaboração de um informante e de uma ex-colega
de enfermagem de Cullen que ajudaram a detê-lo, para tecer uma trama
urgente e sombria.
“Sua perspectiva aparece ao longo do livro, mas Charles não é o árbitro
final dos fatos aqui narrados. Muitas outras fontes, que antes haviam se
mantido em silêncio, se dispuseram a falar, tornando este livro
possível. Todos arriscaram a própria privacidade, muitos arriscaram a
carreira e a reputação. Alguns arriscaram também a liberdade”, conta o
autor. O livro-reportagem de Graeber vai além da descrição dos
assassinatos de Cullen e dos esforços para capturá-lo. Obra-prima do true crime, O enfermeiro da noite pinta um retrato vívido da loucura e oferece um vislumbre penetrante do sistema de saúde norte-americano.
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