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Infectologista Jacyr Pasternak lança romance ácido sobre a pandemia

 


Médico especialista em infectologia e hematologia, doutor pela UNICAMP e fellowship no MDAnderson Hospital, University of Texas Câncer Center, Jacyr Pasternak, que há pelo menos cinco décadas dedica-se a pesquisas e serviços prestados na área da saúde, incluindo dezenas de livros científicos, desta vez traz sua contribuição de outra maneira -  para a ficção literária - com a publicação de Tio Zulmiro não se chamava assim (editora Reformatório, R$40,00;  184 pág.) que se passa no início do crítico período da pandemia de Covid-19.

A obra, cuja quarta capa é assinda pela médica infectologista Rosana Richtmann, se debruça no tragicômico e no melodramático da máxima de que o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo e tirar proveito da desgraça alheia, até mesmo quando esta pode atingir a si próprio.  

Afinal, qual o nome de Zulmiro? 

Ao longo de três partes divididas em 17 capítulos, Tio Zulmiro não se chamava assim narra o golpe que um grupo de amigos arquiteta para aplicar nas pessoas, naturalmente desesperadas pela pandemia, e assim conseguir ganhar dinheiro “fácil”. Afinal, como afirma um dos personagens: “Em grandes crises, homens de visão encontram grandes oportunidades.” 

Com uma linguagem fluida e num estilo carregado de humor, Jacyr Pasternak constrói um retrato das ambições, sonhos e relacionamentos de um grupo de amigos formados por parte de um povo que aprende a viver nos embates, aos trancos e barrancos, postos à margem da ordem social, que suportam ou criam formas de enfrentar de acordo com as circunstâncias e com a chamada malandragem imposta ou captada de um sistema viciado que continua transmitindo e infectando o povo com os males da desigualdade social, política e fiscal.  

Lançamento  e noite de autógrafos acontecem no dia 23/03/23, quinta-feira, às 18 horas, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, data em que a quarentena completa 3 anos após seu primeiro decreto 

“Tio Zulmiro não se chamava assim” retrata de forma bem-humorada uma realidade perversa do espírito brasileiro de “querer levar vantagem em tudo”, sem medir consequências pessoais e coletivas. Vivenciamos esta situação na recente pandemia. O texto da obra é dinâmico e envolvente. Leitura ágil e exemplo real do nosso povo e nosso momento social, cultural e político. Acabei de ler, gostei muito do texto. 

Rosana Richtmann - médica infectologista, Doutora em medicina pela Universidade de Freiburg-Alemanha. Atualmente, compõe a diretoria clínica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. 

 

Sobre o autor 

Atualmente integrante do Laboratório Clínico do Hospital Albert Einstein - Sessão de microbiologia, Jacyr Pasternak é médico formado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É especialista em hematologia e infectologia, doutorado, em 1978, na UNICAMP, fellowship no MDAnderson Hospital, University of Texas Câncer Center, 1980 e 1981. Durante sua trajetória, ocupou vários cargos em serviços públicos, incluindo o de diretor do Hospital do Instituto de Assistência ao Servidor Público Estadual. Atua como médico no Hospital Albert Einstein há mais de 35 anos. Viveu duas pandemias de gripe e a pandemia do HIV – os primeiros casos brasileiros foram percebidos por Jacyr assim que chegou do seu fellowhip em Houston, Texas. É autor de diversos livros na área da medicina. Seu primeiro romance na ficção foi o policial Assassinato na Al ameda Campinas, lançado em 2019. Antes, Pasternak escreveu contos médico-policiais a quatro mãos com Vicente Amato Neto.  

 

Sobre a Editora Reformatório 

Fundada em 2013, a Reformatório tem como proposta a publicação de obras de ficção em prosa e poesia, sempre com todo o cuidado nas edições e o compromisso com a liberdade de seus leitores e autores.  

Com trajetória consolidada em grandes premiações, ganhou, com seus livros, 2 Prêmios São Paulo de Literatura 2016 e 2018, 3 Prêmios Biblioteca Nacional em 2020, 2021 e 2022. A obra A imensidão íntima dos carneiros, de Marcelo Maluf, foi vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura em 2016, além do romance A casa das aranhas, de Márcia Barbieri, semifinalista do Prêmio Oceanos 2020. 

 

www.reformatorio.com.br

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